Por:Alexandre
NBR 15575
Feb 2019
Olá, pessoal! Tudo bem?
Tenho realizado e participado de diversos treinamentos, eventos, fóruns e bate-papos para (e com) diferentes públicos sobre como atender a NBR 15575 – a norma de desempenho para edificações habitacionais. E ainda são diversas questões levantadas.
Resolvi então voltar a falar um pouco mais aqui sobre o tema e trazer uma vez mais o meu entendimento sobre algumas questões que envolvem o desempenho das edificações e a NBR 15575.
Primeiro: é importante entendermos que o desempenho da maior parte das edificações já é atendido, concordam? Embora tenhamos problemas (às vezes, catastróficos), os principais requisitos relacionados na norma de desempenho, sejam eles estruturais ou de instalações, vedações, coberturas ou pisos são atendidos.
Segundo: o foco de atenção não deve ser nas entrelinhas da norma, nos métodos de ensaio ou até mesmo nos critérios de aceitação. Devemos atentar, seja como projetistas, fornecedores ou construtores, para os nossos principais problemas do dia a dia. E para isso, basta olharmos nossos relatórios de reclamações, de assistências técnicas, de garantias ou de revisões. E, só a partir dessa análise, priorizarmos nossas ações!
Terceiro: ensaios não é a única garantia de desempenho! Aliás, o desempenho das edificações somente estará garantido se o resultado na ponta, lá na entrega e no pós entrega, for satisfatório. De pouco adiantará os relatórios de ensaios de esquadria, por exemplo, se os principais problemas da empresa estiverem ligados a infiltrações em janelas. Desempenho é projeto, é material e é execução!!! Lembrem disso! E o que importa para o cliente, neste caso, é a esquadria realmente entregue e a falta de problemas. Ensaios nos ajudam a ter confiança, a acreditar que o desempenho será alcançado!
E por fim, quando definimos vida útil de projeto não estamos assegurando a vida útil real e muito menos a garantia da construção. É preciso levar em consideração, para a durabilidade real da edificação, os cuidados no uso, a obediência às manutenções preventivas e ainda os chamados fatores da natureza e da vizinhança.
Vamos falar mais sobre isso?
Abraços e até o próximo!
Por Alexandre A Prosdocimi
Construtor, consultor e auditor