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Nova versão da NBR 15575: o que deve mudar no desempenho acústico?

Desempenho NBR 15575

Por:Alexandre
NBR 15575

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Dec 2019

Quais devem ser as principais mudanças na norma de desempenho para edificações habitacionais – a NBR 15575?

Encerramos nosso resumo sobre os principais pontos propostos na reunião realizada pelo GT da Comissão de Estudo de Revisão da Norma de Desempenho.

Nesta publicação, mostraremos as mudanças propostas na avaliação do desempenho acústico, apresentada pelo Arquiteto MSc. Marcos Holtz, relator do grupo de trabalho de desempenho acústico.

Não houve, no caso da avaliação do desempenho acústico, a necessidade de propor tantos novos métodos, visto que o trabalho desenvolvido na elaboração da versão vigente já incluiu critérios adotados no mundo inteiro. Sendo assim, os parâmetros de atendimento também foram basicamente mantidos.

A proposta traz, principalmente, esclarecimentos dos requisitos, métodos e critérios.

Uma grande alteração proposta é a complementação da tabela para se fazer o enquadramento nas classes I, II ou III de ruído externo, trazendo um critério objetivo para avaliação, do qual falaremos mais adiante.

Além disso, a proposta inclui a alteração a referências normativas não mais existentes, como a ISO 140, partes 4, 5 e 7.

Também ficará mais claro, na revisão, que apartamentos tipo estúdio devem ser tratados como dormitórios.

O isolamento do ruído aéreo em sistemas de vedação vertical de estúdios ou dormitórios separados pelo hall devem ganhar uma exigência clara, semelhante à já existente para dormitórios contíguos, ou seja, 45 dB.

Existe ainda a proposta de se incluir e alterar a classificação do desempenho acústico: ao invés dos atuais níveis de desempenho mínimo, intermediário e superior, utilizar uma escala de quatro cores e letras para a classificação de desempenho (classes A à D).

Uma discussão ainda em estudo é o uso de tabela de referência de Rw, amarrando a condições de contorno, como sistemas pesados e leves, e informações das características específicas de cada sistema de laje, fachada, etc.

Deve ser incluída uma nota com breve descrição do método para estimativa dos diferenciais ponderados de níveis e níveis de ruído, com referência à ISO 12354 (modelo matemático).

De acordo com a ISO 12354, o projeto acústico pode ser calculado matematicamente partindo das características de isolamento dos materiais, medidas em laboratório, do volume e geometria do ambiente e das uniões entre os elementos de vedação (horizontais e verticais).

A tabela de isolamento de ruído de sistemas de pisos deve ficar mais clara, mostrando que o critério deve ser adotado agora para sistemas de pisos posicionados em pavimentos distintos sobre dormitórios e/ou salas de estar, com diferença de 5 dB para o valor mínimo a ser alcançado pelo ambiente sala em relação ao quarto. Além disso, haveria a inclusão de mais uma classe de ruído externo.

Bem, voltando então à definição de classe de ruído, aqui temos a principal alteração.

A proposta é adotar o que já é apresentado no Manual da PróAcústica e referenciado já por vários laboratórios, ou seja, incluir valores para os níveis de pressão sonora que permitirão a definição das classes de ruído.

Esses valores podem ser avaliados inclusive através de medições próximas do terreno (que permitem inclusive a caracterização dos ruídos ferroviários, aeroviários) e por softwares de simulação (considerando altura da edificação, aberturas, etc.).

Outra importante alteração é a proposta de adoção do Lday (Ld), descrito na ABNT NBR 16425-1:2016, que pode ser estimado com medições, e que representaria um nível médio de ruído (anual, por exemplo).

A proposta de revisão também traz métodos alternativos, como:

– Método alternativo I, a ser utilizado devido a dificuldades de acesso e segurança na realização de medições. Esse método prevê que poderia ser considerada a utilização de simulação com níveis sonoros calculados por dados oficiais dos modais de transportes (como o mapa acústico de São Paulo, volumes de tráfego e outros).

– Método alternativo II, utilizado em caso de dificuldade de aplicação das recomendações da norma, dispensando medições e estudo de propagação sonora. Neste caso, seria indicada a utilização do limite legal de emissão sonora para a definição da classe de ruído, se atendidas integralmente a condições específicas determinadas na norma.

Bem, nós, da Prosdocimi Consultoria, esperamos ter contribuído e ajudado a divulgar o excelente trabalho que está sendo realizado pelas comissões de estudo.

Leiam também, em nosso site, sobre as principais propostas de mudanças quanto ao desempenho térmico e lumínico que devem ser contempladas na nova versão da ABNT NBR 15575.

E se precisarem de quaisquer esclarecimentos e auxílio quanto ao atendimento à norma de desempenho, elaboração e análise de projetos e inspeção de obras, contem conosco.

Alexandre Prosdocimi


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